Homenagem a Irani Braga, pintor dos nossos corações
Irani Braga
Meu avô nasceu em 18 de maio de 1930, em São José do Barreiro, em Minas Gerais, terras abençoadas pelo berço da nascente do Rio São Francisco, e guardiã da Serra da Canastra.
Talves daí, desse lugar mágico, a inspiração tocou o coração do meu avô, e o tornou um gênio detalhista da pintura contemporânea.
No Barreiro, ele era mestre de obras, e com o resto de tinta das casas que pintava, ele fazia alguns quadros que decoravam apenas a casa onde morava com a família.
Logo quando mudou para Caeté, conheçeu um pintor famoso da cidade, que lhe deu dicas, para fazer pituras mais ousadas, com tintas próprias para esse tipo de arte.
Á partir de meados de 1978, nos fundos da casa da minha avó Albertina - querida Dindinha - que o acompanhou desde do início, no quartinho, meu avó desenvolvia sua arte, sem professores ou regras para pintar.
Ele se foi em 10/02/1997, depois de ter sofrido em 6 anos antes um AVC, que não o impediu de continuar a expressão e sua arte.
Não sabemos ao certo, mas meu avô deve ter pintado desde 1978 cerca de 100 telas até a última inacabada.
Assim, nesse blog, reunimos alguns dos seus quadros, que de alguma forma, queriam expressar algo - que só o coração do pintor do quartinho, saberia descrever.
E se você, tem ai a sua casa, uma dessas raridades, envie a fotografia com a história do quadro para gente.
Essa é uma pequena homenagem ao nosso amado pintor do quartinho.
Quem não sonhe em ter uma casa no campo. Meu avô nem fazia ideia, mas hoje em dia a maioria das pessoas precisam de uma casa de campo.
Um comentário:
Anônimo
disse...
Casa de Campo,
Momento delicado, o AVC interrompe um momento de pura expressão, de pura dedicação, foram 4 anos de interrupção, a tela tem dois momentos, primeira, a perfeição da mão do artista, a segunda a mão trêmula que precisava do auxílio da mão da companheira para misturar as tintas. Entre o pincel e a espalta que finalizou esse quadro, ficou a marca mais forte ainda da dedicação e do amor pela arte, dom que nasceu em suas mãos sem aulas e sem técnicas, aprimorado com toques de amigos que tinham a mesma emoção ao retratar na tela branca suas pintutas.
Um comentário:
Casa de Campo,
Momento delicado, o AVC interrompe um momento de pura expressão, de pura dedicação, foram 4 anos de interrupção, a tela tem dois momentos, primeira, a perfeição da mão do artista, a segunda a mão trêmula que precisava do auxílio da mão da companheira para misturar as tintas. Entre o pincel e a espalta que finalizou esse quadro, ficou a marca mais forte ainda da dedicação e do amor pela arte, dom que nasceu em suas mãos sem aulas e sem técnicas, aprimorado com toques de amigos que tinham a mesma emoção ao retratar na tela branca suas pintutas.
Para mim uma das telas mais singelas.
Lili.
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